Tecnologia social para o processamento de alimentos: avaliação, dimensionamento e aplicação
DOI:
https://doi.org/10.24933/rep.v7i1.283Palavras-chave:
Tecnologia Social, secagem solar, especiarias, panificaçãoResumo
A Tecnologia Social (TS) é uma forma de desenvolvimento tecnológico que busca estar diretamente ligadas às pessoas, território e diferentes realidades que envolvem o grupo social o qual será beneficiado. A secagem solar é uma tecnologia simples e limpa, capaz de auxiliar a agricultura familiar, hortas urbanas, farmácias vivas, no processamento de vegetais para o aumento de sua conservação, do valor agregado, concentração de nutrientes, diminuição de desperdícios e necessidade de transporte. As especiarias são exemplos de vegetais que podem ser secos. Esse trabalho teve três principais objetivos: i) avaliação de TS relacionadas ao processamento de alimentos; ii) dimensionamento de secador solar e realização de testes de secagem de especiarias; e iii) aplicação das especiarias em pães. Para o primeiro foram utilizados dados do banco de tecnologias e os princípios da TS. Em seguida utilizou-se referências de secadores de modelo simples e sanitário. E por fim, os pães foram produzidos em panificadora automática e foram avaliados tecnologicamente (volume específico, atividade de água, firmeza do miolo e cor). Nota-se que os trabalhos de TS possuem limites relacionados principalmente a questões de autonomia e a relação com o meio ambiente, e potencialidades ligadas a resolução de demandas e presença de espaços colaborativos. O secador solar mostrou-se como boa alternativa para secagem de especiarias e após melhorias poderá ser aplicado para diferentes vegetais. Os pães com especiarias (gengibre e mix de ervas), são considerados de consumo imediato e foram viáveis tecnologicamente para as quantidades aplicadas. Por fim, considera-se que esse trabalho dá um suporte teórico às ações de pesquisa-extensão relacionadas ao processamento de alimentos, principalmente junto a grupos sociais que buscam melhores condições de vida e alimentação.
Downloads
Referências
AOAC - ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTS. Official Methods of Analysis, AOAC, Arlington, VA, USA, 2010. Secs. 925.09.
BRASIL. Resolução RDC 216 de 15 de setembro de 2004. Aprova o regulamento técnico de boas práticas para serviços de alimentação. Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, 2004.Acesso: 06 mar. 2022.
BRASIL. Resolução RDC N° 276, de 22 de setembro de 2005. REGULAMENTO TÉCNICO PARA ESPECIARIAS, TEMPEROS E MOLHOS Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, 2005.Acesso: 05 set. 2022.
BRASIL. Projeto de lei do senado nº 111, DE 2011. Institui a Política Nacional de Tecnologia Social. Disponível em: <https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/99555/pdf>. Acesso: 06 mar. 2022.
BRASIL. Resolução RDC Nº 90, DE 18 DE OUTUBRO DE 2000. REGULAMENTO TÉCNICO PARA FIXAÇÃO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE PÃO. Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, 2000. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2000/rdc0090_18_10_2000.html .Acesso: 04 set. 2022.
COMER E MORAR (org.). Viver no Território Tradicional da Mata Atlântica. Ilhabela: Instituto Ilhabela Sustentável, 2020.
CORREA, A. P. M; PINTO, H. M.; FREITAS, C. C. G.; FREITAS, F. P. M.. Banco de tecnologias sociais: um panorama. Revista Tecnologia e Sociedade, v. 16, n. 40, p. 1, 1 abr. 2020. Universidade Tecnologica Federal do Parana (UTFPR). http://dx.doi.org/10.3895/rts.v16n40.9878. DOI: https://doi.org/10.3895/rts.v16n40.9878
COSTA, NANCY LIMA et al. Características dos sistemas de secagem solar em desenvolvimento na UFCG. In: VII Congresso Brasileiro de Energia Solar-CBENS 2018. 2020..Acesso: 05 set. 2022.
DAGNINO, R.; BRANDÃO, F. C.; NOVAES, H.T. Sobre o marco analítico-conceitual da tecnologia social. Tecnologia Social: uma estratégia para o desenvolvimento. Fundação Banco do Brasil, Rio de Janeiro, 2004. Acesso: 24 fev. 2022.
DAGNINO, R. Tecnologia Social: Ferramenta para construir outra sociedade. Campinas: Komedi, 1.a ed, 2010.
DI DOMENICO, A. L. Estudo da capacidade produtiva e viabilidade econômica de diferentes modelos de secadores solares para desidratação de alimentos por pequenos produtores rurais. Trabalho de Conclusão de Curso – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Francisco Beltrão, 2019. Disponível em: <https://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/20065/1/FB_CEEP_I_2020_01.pdf> . Acesso em: 03 mar. 2022.
FREITAS, C. C. G. Tecnologia social e desenvolvimento sustentável: um estudo sob a ótica da adequação sociotécnica. 2012. 240 f. Tese (Doutorado em Administração) – Programa de Pós-Graduação em Administração, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2012. Acesso: 03 mar. 2022.
FREITAS, C. C. G.; KÜHL, M. R.; SEGATTO, A. P.; BALBINOT, Z. TECNOLOGIA SOCIAL E A SUSTENTABILIDADE. EVIDÊNCIAS DA RELAÇÃO. Interciencia, 38(3), 229-236, 2013
FBB - Fundação Banco do Brasil. Ferramenta individual para quebra de coco babaçu. São Luíz, 2019. Disponível em: <https://transforma.fbb.org.br/tecnologia-social/ > Acesso em 09 de mar. 2022.
GOMES, Isabel Maria Monteiro. Estratégias para a redução do teor de sal no pão através da incorporação de ervas aromáticas e especiarias: perspectivas do consumidor. 2012. Disponível em: <https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/65504/2/24185.pdf> Acesso em 06 de jul. 2022.
ITS - INSTITUTO DE TECNOLOGIA SOCIAL. Conhecimento e Cidadania. São Paulo, 2007. Disponível em: <https://docs.wixstatic.com/ugd/85fd89_5dbe395e82e142caad9baa12765461bb.pdf>. Acesso em: 25 de fev. 2022.
ISIDORO, A., & BATTESTIN, V. (2014). Determinação qualitativa de enzimas deteriorativas Catalase e Peroxidase em alcachofras provenientes da cidade de São Roque-SP Scientia Vitae, 2 (6),55 -60. Acesso: 05 set. 2022.
PEREIRA, L. C. B.; FREITAS, C. C. G. Educação na tecnologia social: análise de experiências. Revista Tecnologia e Sociedade, v. 14, n. 30, p. 105-120, 2018.https://www.redalyc.org/journal/4966/496659054007/html/ Acesso: 06 mar. 2022. DOI: https://doi.org/10.3895/rts.v14n30.5609
RIOS, D. M. S.; LIMA, J. R. O.. A prática da extensão universitária como incentivadora da tecnologia social. Revista Brasileira de Tecnologias Sociais. Editora UNIVALI. .v. 3, n. 1, p. 93, 5 dez. 2016. DOI: https://doi.org/10.14210/rbts.v3n1.p93-100
SANCHES, R. V. Reaplicação da tecnologia social para o desenvolvimento de um secador solar para alimentos. Dissertação de mestrado em Engenharia de Alimentos - Unicamp, Campinas, SP, 2018. Disponível em: <http://repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/333327/1/Sanches_RafaelVasques_M.pdf> Acesso em: 24 fev. 2022.
SCHWAB, D; FREITAS, C. C. G. Tecnologia social: implicações e desafios da implantação. Revista Tecnologia e Sociedade, v. 12, n. 26, p. 42-60, 2016.https://www.redalyc.org/pdf/4966/496654013004.pdf Acesso: 05 mar. 2022. DOI: https://doi.org/10.3895/rts.v12n26.3794
SILVA, Jéssica Alane Silvano de Lima. Desidratação de ervas condimentares: análise do processo de secagem. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso. Acesso em: 20 ago. 2022.
VARGAS, M. Para uma filosofia da tecnologia. São Paulo: Alfa Omega, 1994. Acesso em: 25 ago. 2022.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 2023
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).