UMA ANÁLISE BIOÉTICA DO USO DA TECNOLOGIA CRISPR
DOI:
https://doi.org/10.24933/rep.v5i1.233Resumo
O presente estudo busca trazer uma compreensão aprofundada da recente tecnologia CRISPR (Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats), principal ferramenta na Biotecnologia, analisando-a a partir das perspectivas, reflexões e conceitos da Bioética contemporânea, de modo a elucidar e ponderar suas aplicações e consequências éticas, tanto no que diz respeito ao homem, quanto aos seres vivos em geral. Uma vez que esta tecnologia configura um emergente problema bioético, já que desafia seus limites, ultrapassa-os colocando em cheque a existência humana digna, é fundamental esclarecer e definir quais são esses limites, quais as consequências danosas de transpô-lo, além de compreender quais os papéis das diversas instâncias envolvidas. Através de revisão bibliográfica, constatou-se que a necessidade de mecanismos mais eficazes e rigorosos direciona a atenção para Comitês de Ética, sua estruturação e o suporte teórico e legal em que se fundamentam. Há disponível uma vasta produção bibliográfica que reflete, de forma crítica e profunda, as implicações bioéticas do emprego da tecnologia CRISPR, que também fornece rico material que deve ser utilizado pelos comitês de ética. É o caso da teoria ética proposta por Hans Jonas que se mostra valioso instrumento para orientar as discussões nos comitês de ética, uma vez que fornece um princípio ético, o princípio de responsabilidade, do qual é extraído um novo imperativo ético. Qualquer projeto de pesquisa que faça utilização da tecnologia CRISPR deve ser submetido, antes, a este imperativo, para ser visualizado suas consequências futuras para a autêntica e digna condições de vida humana.
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