RESTRIÇÃO ALIMENTAR: DIFERENÇAS ENTRE PERTENCER OU NÃO A CURSOS DA SAÚDE E AS VIVÊNCIAS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19
RESTRAINED EATING: DIFFERENCES BETWEEN BELONGING OR NOT TO HEALTH COURSES AND EXPERIENCES DURING THE COVID-19 PANDEMIC
DOI:
https://doi.org/10.24933/rep.v7i1.303Palabras clave:
comportamento alimentar, covid-19, restrição alimentarResumen
O conjunto de características que diferencia pessoas que praticam maior restrição alimentar e vivenciam repercussões prejudiciais à saúde em função da prática, demanda maior elucidação. Conhecer essas características em resposta a situações de estresse extremo como o que ocorrera na pandemia da COVID-19 é aspecto pertinente visto que conhecer a influências destas situações sobre o comportamento alimentar pode auxiliar na construção de habilidades para melhorar a alimentação da população. Neste contexto, o presente estudo teve por objetivo investigar a relação entre características de universitárias e vivências na pandemia sobre os componentes da restrição alimentar: descontrole alimentar, restrição cognitiva e comer emocional. Para isso, foi realizado um desenho transversal com utilização de survey online, com obtenção de respostas de noventa e três mulheres universitárias ao Three Factor Eating Questionnaire com 21 itens (TFEQ-21), questionário que mede a restrição alimentar segundo os fatores descontrole alimentar, restrição cognitiva e comer emocional. Os resultados foram comparados a “pertencer ou não à área da saúde”, “perceber ou não impactos na saúde física e emocional na pandemia”, “perceber ou não mudanças no corpo na pandemia”, Índice de Massa Corporal e dados sociodemográficos. Os dados foram analisados por análise de variâncias com covariável (ANCOVA) e correlação de pearson. Não houve diferença significativa entre pertencer ou não a área da saúde (descontrole alimentar: F=0,60, p=0,44; restrição cognitiva: F=1,31, p=0,25; comer emocional: F=0,37, p=0,56) ou perceber os impactos físicos e mentais (descontrole alimentar: F=0,14, p=0,7; restrição cognitiva: F=1,79 p=0,18; comer emocional: F=2,66, p=0,11) sobre as variáveis de interesse. Mas houve maior pontuação significativa para restrição cognitiva entre aqueles que perceberam mudanças positivas no corpo durante a pandemia em relação aos que não perceberam (F=3,84, p=0,025). A maior pontuação de restrição cognitiva entre os que relacionaram mudanças positivas no corpo pode se relacionar ao maior grau de rigidez que profissionais da saúde (boa parte da amostra) comumente se impõe em relação a alimentação e forma corporal, o que pode ter se agravado na pandemia. Essa rigidez merece observação já que pode se relacionar com repercussões negativas para a saúde.
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