PERCEPÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO E SUA RELAÇÃO COM O BURNOUT: UM ESTUDO COM A EQUIPE DE ENFERMAGEM DA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE

Autores

  • Eliane Terezinha de Castro Mendes Centro Universitário da fundação de Ensino Otávio Bastos - UNIFEOB
  • Maria Helena Cirne de Toledo Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino - UNIFAE

DOI:

https://doi.org/10.24933/rep.v2i2.133

Resumo

A Síndrome de Burnout é uma patologia mental decorrente de fatores socioambientais ligados ao trabalho. Caracteriza-se por Exaustão Emocional (sensação de total esgotamento físico), Despersonalização (alteração da personalidade em que o profissional assume um contato frio e impessoal com clientes e colegas) e Reduzida Realização Profissional (sentimento de insatisfação com as atividades que realiza). O objetivo deste estudo foi investigar a percepção de Qualidade de Vida no Trabalho – QVT e sua relação com o Burnout. O universo da pesquisa circunscreveu-se a uma amostra de 76 trabalhadores das equipes de enfermagem alocadas em Unidades Básicas de Saúde de um município do interior do Estado de São Paulo – Brasil. Para a coleta de dados foram utilizadas a Escala de Caracterização de Burnout – ECB, o QWLQ – bref e um questionário socioeconômico. A análise dos resultados foi realizada através de estatística descritiva e análise de Clusters, mostrando que 55,26% dos participantes apresentaram Síndrome de Burnout, apesar da percepção de QVT se revelar satisfatória. Possivelmente os indivíduos que apresentaram escores médios e altos de Burnout estão usando estratégias de enfrentamento que os protegem temporariamente, até que o Burnout chegue ao nível máximo, só então, a percepção de QVT passa a ser insatisfatória. Concluiu-se que o uso de apenas um instrumento para avaliar QVT pode mascarar o sofrimento no trabalho, levando a um falso resultado e ocultando a necessidade de viabilização de programas de melhoria da QVT.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALBUQUERQUE, F.J.B.; MELO,C.F.; ARAÚJO NETO, J.L.A.; Avaliação da síndrome de Burnout em profissionais da Estratégia Saúde da Família da capital paraibana. Rev. Psicologia: reflexão e crítica, 25(3): 542-549, 2011.

BENEVIDES PEREIRA, A. M. T. (org). Burnout: quando o trabalho ameaça o bem estar do trabalhador. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2010.

CARLOTTO, M.S. Síndrome de Burnout: um tipo de estresse ocupacional. Caderno Universitário. ULBRA –RS. 18 (1), 2001.

CARLOTTO, M.S.;CÂMARA, S.G. Análise da Produção Científica sobre a Síndrome de Burnout no Brasil. Rev Psico. 2:152-158, 2008.

CHEREMETA, M. PEDROSO, B; PILATTI, L.A.; KOVALESKI, J.L. Construção da versão abreviada do QWLQ-78: um instrumento de avaliação da qualidade de Vida. Revista Brasileira de Qualidade de Vida, 3(1): 01-15, 2011.

DEJOURS, C.; ABDOUCHELI,E; JAYET,C. Psicodinâmica do trabalho: contribuição da escola Dejouriana à análise da relação prazer, sofrimento e trabalho. São Paulo : Atlas, 1994. 145 p.

GIANASI, L.B.S.; As fontes de desgaste físico e emocional e a síndrome de burnout no setor de transporte coletivo urbano de Natal. 2004. 148p. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, 2004

HURRELL JR, J.J.; SAUTER,S.L. Stress Ocupacional: causas, consequências, prevenção e intervenção. In:ROSSI, A.M.; PERREWÉ, P.L.; MEURS, J.A. (org). Stress e Qualidade de Vida no Trabalho. São Paulo: Atlas, 2011. p. 213-228.

LEITER, M. Coping patterns as predictors of burnout: the function of control and escapist coping patterns. Journal of Organizational Behaviour. 12: 123-144. 1991.

LINCH, G.F.C.; GUIDO, L.A.; UMANN, J. Estresse e profissionais da sapude: produçãos do conhecimento no centro de ensino e pesquisas em enfermagem. Rev. cogitare 2010, 15(3): 442-547.

LIMONGI-FRANÇA, A.C.; RODRIGUES, A.L. Stress e Trabalho – uma abordagem psicossomática. 4 ed. São Paulo: Atlas 2009.

LOPES, V.R. O papel do suporte social no trabalho e da resiliência no aparecimento de Burnout – um estudo com bombeiros militares. 2010. 191p. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2010.

MARINHO, R.C. Estresse ocupacional, estratégia de enfrentamento e Síndrome de Burnout: um estudo em hospital privado. 2005. 119p. Dissertação (Mestrado) – Universidade de Taubaté - SP, 2005.

PASCHOAL, T. Bem estar no trabalho: relações com suporte organizacional, prioridades axiológicas e oportunidades de alcance de valores pessoais no trabalho. 2008. 184p. Tese (Doutorado) – Universidade de Brasilia – Brasília, 2008.

REIS JUNIOR, D.R. Qualidade de vida no trabalho: construção e validação do questionário QWLQ-78. 2008. 114 p. Dissertação (Mestrado). Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Ponta Grossa, 2008.

SILVA JUNIOR, A. G. S.; ALVES, C. A. Modelos Assistências em Saúde : desafios e perspectivas. In MOROSINI, M. V.G.C.; CORBO, A. D. (org). Modelos de Atenção à Saúde da Família. Rio de Janeiro: EPSJV/FIOCRUZ, 2007.

TAMAYO. M.R.; TRÓCCOLI, B.T. Construção e validação fatorial da Escala de Caracterização de Burnout (ECB). Rev. Estudos de Psicologia. 14 (3): 213-221. 2009.

TRIGO, T. A.; TENG, C. T.;HALLAK, J. E. C. Síndrome de Burnout ou estafa profissional e os transtornos psiquiátricos. Rev de Psiquiatria Clinica, 34 (5): 223-233. 2007.

VIEIRA, I. Conceitos de burnout: questões atuais de pesquisa e a contribuição da clínica. Rev Brasileira de Saúde Ocupacional. 35 (122). 2010.

Downloads

Publicado

2019-11-26

Como Citar

Castro Mendes, E. T. de, & Toledo, M. H. C. de. (2019). PERCEPÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO E SUA RELAÇÃO COM O BURNOUT: UM ESTUDO COM A EQUIPE DE ENFERMAGEM DA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE. Revista Ensaios Pioneiros, 2(2), 13–24. https://doi.org/10.24933/rep.v2i2.133

Edição

Seção

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE